Sítios arqueológico brasileiros

A teoria que explica a chegada do homem às Américas consiste no fato de os primeiros homens atingiram o continente através do estreito de Behring oriundos da Sibéria. 

Porém, apesar da aceitabilidade de tal teoria, foram descobertos sítios arqueológicos no Brasil que derruba a idéia anterior, isso por que em expedições realizadas foram encontrados vestígios de ocupação humana datado de 50 mil anos, ou seja, 30 mil anos antes daquela descrita do estreito de Behring. 

A base para essa constatação foi as pinturas rupestres deixadas em paredes de cavernas e rochas, elas retratavam a vida cotidiana como caça, orgias sexuais, animais, entre outros, por meio desse tipo de gravuras percebe-se que os elementos e paisagens daquele momento se diferenciam dos atuais. 

A maior concentração de sítios pré-históricos da América está situada em uma área de 129.140 hectares no Piauí no qual o tipo de vegetação que apresenta é a caatinga. 

Com o intuito de preservar um lugar de suma importância para o estudo da arqueologia e outras ciências afins, foi implantado, em 1979, o Parque Nacional da Serra da Capivara dirigido pela Fundação Museu do Homem Americano com parceria do IBAMA. Por conter grandes contribuições para o conhecimento da chegada do homem nas Américas o lugar é reconhecido pela UNESCO como um Patrimônio Mundial da Humanidade. 

  Dentro do parque existem 260 sítios arqueológicos contendo 30 mil pinturas rupestres, os principais temas dessas, são figuras de homem, animais, plantas e atos sexuais, o último com maior incidência. 

 A partir de algumas características ecológicas e ambientais da localidade em que estão os sítios arqueológicos, poderemos compreender com mais facilidade como viveram os nossos antepassados e como eles utilizaram o meio ambiente para suprir as suas necessidades. 

Para que o arqueólogo possa classificar os tipos de sítios arqueológicos na sua pesquisa, existem algumas características que os definem muito bem. Os tipos mais comuns são os seguintes:

 1) SÍTIOS CERÂMICOS / LÍTICOS (LITO-CERÂMICOS)

Neste tipo de sítio há a predominância de materiais cerâmicos em sua superfície, sendo um indício para esta classificação. 
Ao escavar este tipo de sítio, o arqueólogo encontra uma quantidade considerável de cacos de cerâmicas, ou mesmo cerâmicas inteiras, geralmente associadas a outros elementos arqueológicos, como por exemplo, os artefatos líticos (ferramentas em pedra), ossos e restos de alimentos. 
Algumas peças, como urnas funerárias (objetos pra colocação dos mortos), potes de barro para utilidades culinárias, para conterem líquidos, armazenamento, dentre outras funções, são muito comuns neste tipo de sítio.

 2) SÍTIOS DE ARTE RUPESTRE

Como já discutimos na parte I desta série, a arte rupestre pode ser entendida como as pinturas e as gravações realizadas nos paredões de rocha pelos grupos pré-históricos, possivelmente na intenção de contarem a história do seu dia-a-dia. 
Este tipo de sítio está geralmente associado ou próximo aos sítios cerâmicos / líticos. Mas existem casos em que as pinturas e as gravuras foram realizadas em áreas que não permitiam o estabelecimento de moradia. Nestes casos, o arqueólogo registra-o apenas como sítio de arte rupestre.

 

3) OS SAMBAQUIS

Este tipo de sítio, na forma de pequenas montanhas, encontra-se geralmente próximo a superfícies aquosas como mar, rios, mangues, lagunas, etc. 
Os grupos pré-históricos sambaquieiros construíram estes montes utilizando conchas, restos de habitações, alimentos, dentre outros elementos que, junto com os sedimentos (areia), formaram esta elevação. 
Este tipo de sítio pode atingir tamanhos variados, sendo, como anteriormente citado, de 2 a 30 metros de altura e, aproximadamente 100m de diâmetro.