Economia, Cultura e Educação egípcia.

A economia Egípcia

 

A principal atividade econômica dos egípcios era a agricultura. Os egípcios cultivavam trigo, cevada, linho, algodão, legumes, frutas e papiro, planta com a qual faziam um papel de boa qualidade.

Eles não trabalhavam apenas com a agricultura, também com a criação de bois, cabras, carneiros, patos e também com a mineração de ouro, pedras preciosas, que chegou a ser usada para facilitar o comércio externo.

Eles produziam armas, barcos, cerâmica, tijolos, vidro, cobre, bronze, etc. Tudo isso era feito na indústria artesanal que eles construíram.

Os egípcios não conheciam o dinheiro, por isso, eles compravam e vendiam através de trocas. Essa atividade atingiu seu apogeu no Novo Império, quando se intensificaram os contatos comerciais com a ilha de Creta, Palestina, Fenícia e Síria.

Cultura 

Entre os egípcios, a explicação de muitos costumes e acontecimentos tinha forte ligação com os fenômenos ocorridos na natureza. O movimento dos astros, o ciclo de cheias do Rio Nilo, as alterações climáticas salientavam um ideal de circularidade que se estendia para outras instâncias do cotidiano dessa civilização milenar. Não por acaso, os antigos egípcios conceberam uma explicação para a morte bastante diferente da de muitas culturas contemporâneas.


Segundo o sistema de crenças egípcio, a morte consistia em um processo onde a alma se desprendia do corpo. Com isso, acreditavam que a morte seria um estágio de mudança para outra existência. Sendo o corpo compreendido como a morada da alma, havia uma grande preocupação em conservar o corpo dos que faleciam. Dessa forma, desenvolveram-se variadas técnicas de mumificação capazes de preservar um cadáver durante anos a fio.

Ver imagem em tamanho grandeA mumificação era realizada por um profissional específico. Após retirar as vísceras, os restos mortais da pessoa eram repousados em uma mistura contendo carbonato de sódio e água. Finalizada a imersão, diversas substâncias e ervas eram introduzidas no corpo para evitar a deterioração dos tecidos. Na etapa final do procedimento, o morto era enfaixado e coberto por uma cola que impedia a contaminação pelo ar.

Terminada a mumificação, o falecido era colocado em um sarcófago posteriormente depositado em um túmulo. Através da análise dos túmulos, estudiosos puderam descobrir qual era a posição ocupada pelos mortos. Os sacerdotes e faraós eram sepultados nas mastabas, construções em formato de trapézio divididas em dois compartimentos, um destinado ao sarcófago e outro que armazenava as oferendas do ritual funerário. 

Logo após o falecimento, segundo a crença egípcia, o indivíduo perdia acesso a todos os prazeres e regalias que desfrutava em sua existência terrestre. Para recuperar seus benefícios em sua nova existência, a pessoa – seja qual fosse a sua posição social em vida – era conduzida pelo deus Anúbis para se apresentar ao Tribunal de Osíris, local em que sofria uma avaliação de seus erros por outros quarenta e dois seres divinos.

Antes do início do julgamento, era entregue ao falecido o “Livro dos Mortos”, onde obtinha as devidas orientações de seu comportamento durante a sessão a ser realizada. Para que recebesse a aprovação das divindades, era necessário que o julgado não tivesse cometido uma série de infrações, como roubar, matar, cometer adultério, mentir, causar confusões, manter relações homossexuais e escutar as conversas alheias. No ápice do julgamento, Osíris pesava o coração do falecido em uma balança.

Para que a pessoa recebesse aprovação, seu coração deveria ser mais leve que uma pena. Caso contrário, o indivíduo não poderia entrar no Duat, uma espécie de submundo dos mortos, e sua cabeça era devorada por um deus com cabeça de crocodilo. Dessa maneira, a civilização egípcia dedicou uma grande importância a seus mortos e demonstrou por meio destes rituais um instigante traço de sua cultura.

 

 Educação Egípcia 

Durante quase 15 séculos, a humanidade olhou fascinada para os hieróglifos egípcios sem lhe entender o sentido. Os sacerdotes egípcios do século IV de nossa era foram os últimos homens a utilizar essa linguagem. Eles, mantendo a linguagem tão fechada, fizeram com que o significado dessas mensagens se perdessem. Os Europeus da época, e posteriormente, pensavam que os hieróglifos eram instrumentos místicos de algum rito demoníaco.

Os hieróglifos podem ter começado em tempos pré-históricos como uma escrita por meio de imagens. Embora os egípcios nunca tivessem formado um alfabeto como o conhecemos, estabeleceram símbolos para todas os sons consonantais da sua língua. O sistema mostrou-se notavelmente eficiente. Combinando-se fonogramas, formavam-se versões esquematizadas de palavras. Nem todos os hieróglifos abandonavam a sua função de imagens de palavras para se tornarem símbolos fonéticos. Pelo menos 100 hieróglifos eram usados para representar a palavra que retratavam, sendo usados também como determinativos do significado das palavras. 

Durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito. A última inscrição conhecida é do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província romana. Já então, tantos hieróglifos tinham sido propositadamente obscurecido pelos escribas sacerdotais fazendo com que os sinais fossem incompreensíveis para a maioria dos egípcios. Em 1822, um lingüista francês provou que os desenhos podiam formar palavras não relacionadas com a imagem. Só então os homens do Ocidente começaram a compreender que tinham diante de si toda uma linguagem que representava a chave para o que até então tinha sido um povo misterioso. 

Alfabeto egípcio 

Bem no início da história do Egito, há mais de 6.000 anos, os Egípcios usavam simples figuras chamadas hieróglifos para a sua escrita. Isto significa que tudo e cada idéia tinha de ter sua própria figura representativa. Gradualmente, essas figuras foram tornando-se mais simples, e algumas vezes usavam-se apenas parte de uma palavra. 

Mais tarde, algumas figuras foram aproveitadas como letras, pela primeira vez na História. Essas letras, contudo, eram ainda misturadas com figuras de sílabas e de palavras. É possível que os Fenícios, que foram os primeiros a usar somente letras para escrever, tenham se inspirado nos Egípcios. O alfabeto egípcio é na verdade o ancestral do nosso. Mesmo a palavra "alfabeto" vem daí. As primeiras duas letras do alfabeto deles são: "aleph" e "beth", nomes de "boi" e "casa", respectivamente. 

Os Gregos copiaram suas letras dos fenícios e tentaram copiar seus nomes, mas "aleph" tornou-se ALFA e "beth" tornou-se BETA. Se você puser as duas palavras juntas, dará (adaptado ao Português) "ALFABETO". Depois de algum tempo, os Gregos fizeram suas letras tomar formato contrário. Deles os romanos copiaram a maior parte do seu alfabeto. Depois que dominaram a região chamada "Ibéria", tornou-se comum o uso do alfabeto Latino. Quando os visigodos a invadiram, por sua vez, introduziram novas letras, com as quais foram grafados trechos da Bíblia. 

A partir do Século XV começaram a vigorar os "CARACTERES ITÁLICOS", o chamado "ALFABETO REDONDO", adotado definitivamente no Século XVII em diante. E, finalmente, com relação a Língua, sabe-se que o "Latim" foi e é a 'Língua Mãe' de todas as línguas atuais, até mesmo daqueles que possuem grafias diferentes a do Português, pois foi com base nela em que estudiosos criaram outros alfabetos próprios, como por exemplo o Alfabeto Cirílico, usado atualmente na Rússia; criado por dois estudiosos russos, os irmãos São Cirilo e São Metódio (dois missionários que trabalhavam para a conversão da Rússia Antiga ao Cristianismo, e pesquisadores de várias outras línguas, como o Grego).

 

 Religião Egípcia - História da Religião Egípcia

As crenças religiosas dos antigos egípcios tiveram uma influência importante no desenvolvimento da sua cultura, embora nunca tenha existido entre eles uma verdadeira religião, no sentido de um sistema teológico unificado. A fé egípcia baseava-se na acumulação desorganizada de mitos antigos, culto à natureza e inumeráveis divindades. No mais influente e famoso destes mitos desenvolve-se uma hierarquia divina e se explicava a criação do mundo. 


De acordo com o relato egípcio da criação, no princípio só existia o oceano. Então Rá, o Sol, surgiu de um ovo (segundo outras versões de uma flor) que apareceu sobre a superfície da água. Rá deu à luz quatro filhos, os deuses Shu e Geb e as deusas Tefnet e Nut. Shu e Tefnet deram origem à atmosfera. Eles serviram-se de Geb, que se converteu na terra, e elevaram Nut, que se converteu em céu. Rá regia todas as coisas. Geb e Nut posteriormente tiveram dois filhos, Set e Osíris, e duas filhas, Ísis e Neftis. Osíris sucedeu Rá como rei da terra ajudado por Ísis, sua esposa e irmã. Set odiava seu irmão e o matou. Ísis embalsamou o corpo do seu esposo com a ajuda do deus Anúbis, que desta forma tornou-se o deus do embalsamento. Os feitiços poderosos de Ísis ressuscitaram Osíris, que chegou a ser rei do mundo inferior, da terra dos mortos. Horus, filho de Osíris e Ísis, derrotou posteriormente Set em uma grande batalha tornando-se rei da terra. 

Desse mito da criação surgiu a concepção da eneada, grupo de nove divindades, e da tríade, formada por um pai, uma mãe e um filho divinos. Cada templo local tinha sua própria eneada e sua própria tríade. A eneada mais importante foi a de Rá com seus filhos e netos. Este grupo era venerado em Heliópolis, centro do culto ao Sol no mundo egípcio. A origem das deidades locais é obscura; algumas vieram de outras religiões e outras de deuses animais da África pré-histórica. Gradativamente foram se fundindo em uma complicada estrutura religiosa, ainda que comparativamente poucas divindades locais tivessem chegado a ser importantes em todo o Egito. As divindades importantes incluíam os deuses Amon, Thot, Ptah, Khnemu e Hapi e as deusas Hator, Nut, Neit e Seket. Sua importância aumentou com o ascendente político das localidades onde eram veneradas. Por exemplo: a eneada de Menfis era encabeçada por uma tríade composta pelo pai Ptah, a mãe Seket e o filho Imhotep.

De qualquer modo, durante as dinastias menfitas, Ptah chegou a ser um dos maiores deuses do Egito. De forma semelhante, quando as dinastias tebanas governaram o Egito, a eneada de Tebas adquiriu grande importância, encabeçada pelo pai Amon, a mãe Mut e o filho Khonsu. Conforme a religião foi se desenvolvendo, muitos seres humanos glorificados após sua morte acabaram sendo confundidos com deuses. Assim Imhotep, que originariamente fora o primeiro ministro do governador da III Dinastia Zoser chegou a ser conceituado como um semideus. Durante a V Dinastia, os faraós começaram a atribuir a si mesmos ascendência divina e desde essa época foram venerados como filhos de Rá. Deuses menores, simples demônios, ocuparam também um lugar hierarquico entre as divindades locais.